Violência Sexual Infantojuvenil
Segunda a OMS- Organização Mundial da Saúde, a violência sexual é definida como: “todo ato sexual, tentativa de consumar um ato sexual ou insinuações sexuais indesejadas, ou ações para comercializar ou usar de qualquer outro modo a sexualidade de uma pessoa por meio da coerção por outra pessoa, independentemente da relação desta com a vítima, em qualquer âmbito, incluindo o lar e o local de trabalho”.
Consequências e Estatísticas
Em 2021, cerca de mais de 6 mil casos foram registrado pelo Disque 100 entre o mês de janeiro a maio. A cada uma hora, 2 crianças são violentadas sexualmente no Brasil. A maioria das vítimas são meninas, entre 4 a 14 anos de idade. E 96% dos casos acontecem dentro da própria casa, cometido na maioria das vezes pelo pai ou padrasto.
A violência sexual infantojuvenil é um problema de saúde pública que, ao contrário do que se pensa, não é um problema atual, é um problema muito antigo, que causa graves danos, tanto físicos, quanto psicológicos, como por exemplo: Gravidez indesejada, ISTs, disfunção sexual, depressão, ansiedade, transtorno de estresse pós-traumático, dificuldade pra dormir, comportamentos suicida, automutilação, transtorno de pânico, entre outros.
Como identificar os sinais da Violência Sexual
A Childhood Brasil divulgou 10 sinais que podem auxiliar na identificação de possíveis casos de violência sexual infantil. É importante salientar que as crianças e adolescentes vítimas de abuso sexual precisam ser acolhidas, sem julgamento, sem questionamentos e avaliadas por profissionais especializados e em caso de identificação dos sinais a seguir, é preciso imediatamente procurar um profissional , o conselho tutelar e fazer uma denúncia imediatamente.
1° Mudança de comportamento:
A criança ou o adolescente desenvolve um comportamento diferente do habitual, como isolamento social, agressividade repentina, alterações no humor, medo, pânico, choros excessivos.
2° Proximidades excessivas
O autor da violência usa da manipulação para ganhar a confiança da vítima, da qual nem percebe muitas das vezes o que tá acontecendo, principalmente quando há algum grau de parentesco.
3° Comportamentos infantis repentinos
Comportamentos dos quais a criança ou o adolesce já havia superado e de repente volta a praticá-los é um sinal a ser observado, como por exemplo, fazer xixi na cama.
4° Silêncio predominante
O autor da violência costuma fazer ameaças, tanto psicológicas, quanto físicas, além de fazer chantagem contra ela (e) ou a família, tudo pra conseguir convencer a vítima a ficar calada. Usam também de presentes, dinheiro, comidas, para manipular a vítima a guardar segredo.
5° Mudanças de hábitos súbitas
Se a criança ou o adolescente mudou os seus hábitos drasticamente e de forma repentinas é necessário procurar compreender a causa. Como por exemplo: Alterações no sono, falta de concentração, aparência descuidada, entre outros.
6° Comportamentos sexuais
Comportamentos que demonstram interesse e características sexuais, brincadeiras de cunho sexual, palavras ou desenhos com caracterizadas sexuais, é indicador que necessita de atenção.
7° Traumatismos físicos
Esse é o sinal principal de quem sofre abuso sexual e principalmente provas sobre o crime. Marcas roxas no corpo, arranhões, marcas de dedos, ISTs, gravidez. Não ignore esse sinal!
8° Doenças psicossomáticas
Doenças das quais não possuem uma causa clínica porém são causadas por questões psicológicas, como dores de cabeça, febre, erupções na pele, coceiras, vômitos, problemas digestivos, entre outras.
9° Negligência
Crianças e adolescentes que vivem no meio de um ambiente violento e negligente estão mais sugestivas a sofrerem violência sexual. Qualquer sinal de maus tratos contra criança ou adolescente devem ser denunciados imediatamente.
10° Frequência escolar
Baixo rendimento escolar, comportamento fora do habitual no ambiente escolar, isolamento, agressividade, falta de concentração, são alguns fatores que precisa ficar atento.
Esses são alguns dos sinais que precisam ser observados em caso de suspeita de violência sexual.
Se você não sabe o que fazer caso seja identificado esses sinais na criança ou no adolescente, é importante saber que NÃO deve agir por conta própria, tanto em relação a vitima, como questionando os sintomas, fazendo perguntas inapropriadas, quanto ao autor da violência. Nesses casos, deve procurar o conselho tutelar ou um profissional especializado, para que seja investigado e esclarecido se realmente há ou não abuso sexual infantojuvenil. Em caso positivo para a violência sexual, deve procurar imediatamente a delegacia e fazer todo o procedimento jurídico do qual a criança e o adolescente são amparados pelo ECA- Estatuto da Criança e do Adolescente.
Caso queira fazer uma denúncia anônima, você pode ligar para o número 100!
Em hipótese alguma se cale em casos de violência sexual! Denuncie!
Fontes: paho.org / extraclasse.org
Autora: Milene Batista
Usando poucas cores
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